28.6.06

federico garcia lorca, poeta de granada

Federico Garcia Lorca, poeta e dramaturgo espanhol, nasceu em Fuentevaqueros, Granada, em 5 de junho de 1898.

Foi assassinado em Viznar, Granada, em 19 de Agosto de 1936



Granada (Elegía humilde)

Tu elegía, Granada, la dicen las estrellas
que horadan desde el cielo tu negro corazón.
La dice el horizonte perdido de tu vega,
la repite solemne la yedra que se entrega
a la muda caricia del viejo torreón.

Tu elegía, Granada, es silencio herrumbroso,
un silencio ya muerto a fuerza de soñar.
Al quebrarse el encanto, tus venas desangraron
el aroma inmortal que los ríos llevaronen
burbujas de llanto hacia el sonoro mar.

El sonido del agua es como un polvo viejo
que cubre tus almenas, tus bosques, tus jardines,
agua muerta que es sangre de tus torres heridas,
agua que es toda el alma de mil nieblas fundidas
que convierte a las piedras en lirios y jazmines.

Hoy, Granada, te elevas ya muerta para siempre
en túmulo de nieve y mortaja de sol,
esqueleto gigante de sultana gloriosa
devorado por bosques de laureles y rosas
ante quien vela y llora el poeta español.

Hoy, Granada, te elevas guardada por cipreses
(llamas petrificadas de tu vieja pasión).
Partió ya de tu seno el naranjal de oro,
la palmera extasiada del Africa tesoro,
solo queda la nieve del agua y su canción.

Tus torres son ya sombras. Cenizas tus granitos,
pues te destruye el tiempo. La civilización
pone sobre tu vientre sagrado su cabeza,
y ese vientre que estuvo preñado de fiereza,
hoy aún muerto se opone a la profanación.

Tú que antaño tuviste los torrentes de rosas,
tropeles de guerreros con banderas al viento,
minaretes de mármol con turbantes de sedas,
colmenas musicales entre las alamedas
y estanques como esfinges del agua al firmamento.

Tú que antaño tuviste manantiales de aroma
donde bebieron regias caravanas de gente
que te ofrendaba el ámbar a cambio de la plata,
en cuyas riberas teñidas de escarlata
las vieron con asombro los ojos del Oriente.

Tú, ciudad del ensueño y de la luna llena,
que albergaste pasiones gigantescas de amor,
hoy ya muerta, reposas sobre rojas colinas
teniendo entre las yedras añosas de tus ruina
sel acento doliente del dulce ruiseñor.

¿Qué se fue de tus muros para siempre, Granada?
Fue el perfume potente de tu raza encantada
que dejando raudales de bruma te dejó.
¿O acaso tu tristeza es tristeza nativa
y desde que naciste aún sigues pensativa
enredando tus torres al tiempo que pasó?

Hoy, ciudad melancólica del ciprés y del agua,
en tus yedras añosas se detenga mi voz.
¡Hunde tus torreones! Hunde tu Alhambra vieja
que ya marchita y rota sobre el monte se queja,
queriendo deshojarse como marmórea flor.

Invaden con la sombra maciza tus ambientes.
¡Olvidan a la raza viril que te formó!
Y hoy que el hombre profana tu sepulcral encanto,
quiero que entre tus ruinas se adormezca mi canto
como un pájaro herido por astral cazador.

fui buscar aqui

27.6.06

granada vista por b' :))



































































encontrei :))

"O meu instinto de perfeição deveria inibir-me e acabar; deveria até inibir-me de dar começo."


Bernardo Soares, Livro do Desassossego

26.6.06

mania da perfeição

bernardo soares, no seu livro do desassossego, diz qualquer coisa sobre o perfeccionismo ser um entrave à criação....

não encontro o livro :((((

mas eu sou um bocadinho assim (pronto....mais do que um bocadinho!!!)

queria que o primeiro post a seguir às férias fosse com fotografias lindas....
mas o tempo passa.... estou sem paciência para escolher as imagens.... a semana passada foi um corropio entre trabalho, arrumar a tralha das férias e preparar mais um fim-de-semana de praia :)))

e assim vai passando o tempo e não actualizo o blog :(((
não pode ser!!!!

tenho de perceber de uma vez por todas que não faz mal não ser perfeita!!!!

9.6.06

encerrado para férias :)))

volto ao activo dia 19



vou para aqui






















e para aqui

















e lá mais pó verão...





vou estar aqui

7.6.06

quimera do ouro

quero
querido
sussurar-te um "quero tudo"
ao teu ouvido

tudo
contudo
é bem pouco para o muito
em que me desnudo

eu quero
eu queria a lua
eu quero a tua
boca que eu quero tocar
se estou já nua

eu quero a quimera
quem dera
fosse a do ouro do teu olhar

eu quero a quimera do ouro
brilhando à luz do teu olhar

quero
carente
quero o zero
da contagem decrescente

quebra
limites
leva a mão que te apetece
aos apetites

eu quero
a lua e vénus
quero ao menos
toda a luz
que o sol me traz
quando nos vemos

eu quero a quimera
quem dera
fosse a do ouro do teu olhar

eu quero a quimera do ouro
brilhando à luz do teu olhar

quero
a corola
duma flor que se a desfolho
me consola

Rosas
hortênsias
são viçosas
do teu corpo as aparências

eu quero pisar luas
quero as tuas
pernas com que a coisas lindas
me habituas

eu quero a quimera
quem dera
fosse a do ouro do teu olhar

eu quero a quimera do ouro
brilhando à luz do teu olhar

sérgio godinho, salão de festas, 1984

6.6.06

ressaca...

gostava que alguém me explicasse por que é que, com tantos dias no ano, logo havia de se juntar tanta coisa nestes últimos três???

ou será que estou a ficar velha???

sábado: rock in rio, pulei saltei, dancei, cantei....
os Da Weasel são os maiores!!!
e as ninas também ;))

domingo: acordei às 7.00h da madrugada, com dores nas articulações da anca, para preparar uns acepipes para o almoço asiático com o grupo dos treze :))
uma grande almoçarada, cheguei a casa de rastos e adormeci no sofá...

segunda-feira: dia de trabalho, jantar do Murcon, boa companhia, boa comida, boa conversa :))

terça-feira: ai... tou que nem posso, cheia de sono, com calor, ainda por cima sem companhia para o almoço :(

vou ali até ao Tokyo
















o sushi estava óptimo mas continuo com sono...
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

5.6.06

Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
sinto a tua presença, até no meu olhar…

A noite era calma
A chuva era intensa
Uma fartazana, mas isso é sem ofensa
Só eu, e ela naquele fartote
Amor, prazer e eu mostrava o meu forte
Com muita calma
com muito amor
Ela na minha alma
E eu gritando por favor

Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
sinto a tua presença, até no meu olhar…

Ainda te consigo cheirar na minha roupa
O teu nome não pára de sair da minha boca
Meu amor, minha dor, meu prazer, meu terror
razão de toda a fé e descrença no criador

És como um 2 em 1 - versão concentrada
Para a minha razão angustiada, serenada
Sempre ao meu lado, sempre longe de mim
Sempre mais do que suficiente
sempre assim-assim…

Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
sinto a tua presença, até no meu olhar …

Agora, embora, tudo passou
ela endoideceu e logo me largou
sem preconceito, andar à deriva
Eu andava só e não tinha mais saída
Agora, meu irmão pensa um bocado
Como passarias se estivesses neste caso?
Entre duas paredes num lugar estreito,
é como querer nadar sem ter o braço direito

Nunca me deixes, preciso de ti
O amor é uma loucura e tu precisas de mim
Em qualquer altura, em qualquer lugar
sinto a tua presença, até no meu olhar …


Carlos Pac Nobre/Bruno Silva Virgul
Dúia, 3º capítulo, 1997

fonte: site dos da Weasel

1.6.06

dia da criança

para quem era criança nos anos 70 e 80 este site é o máximo!!!

podemos relembrar as nossas séries de tv favoritas, anúncios, livros, etc., etc., etc.

aqui fica uma amostra

duas das minhas séries preferidas, muito educativas ;)


Era uma vez o espaço

para ouvir... reconhecem esta voz? ;)




o genérico





Era uma vez a vida

o genérico