um mundo de alma pequenina
deparo-me com palavras que podiam ter sido escritas para mim, por mim
pensamos que somos únicos
afinal somos mais um num mundo de alma pequenina
Sofro, Lídia, do medo do destino.
A leve pedra que um momento ergue
As lisas rodas do meu carro, aterra
Meu coraçao.
Tudo quanto me ameace de mudar-me
Para melhor que seja, odeio e fujo.
Deixem-me os deuses minha vida sempre
Sem renovar
Meus dias, mas que um passe e outro passe
Ficando eu sempre quase o mesmo, indo
Para a velhice como um dia entra
No anoitecer.
Ricardo Reis, 1917
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